sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Mergulhando na Palavra - Juízes: Aula 10


Juízes – Aula 10


1-    Juízes 16.4. Vale de Soreque (Hb. nachal soreq, “herança do vinho”). Comparar com Provérbios 20.1; 23.31-32; 31.1-7.
2-    Dalila (Hb. Deliylah, procede de dal. Significa “fraca”, “frágil”, “oprimida”, “debilitada”, “aquela que faz descer”).
3-     Ou seja, quando o forte Sansão se envolveu com a fraqueza, acabou tornando-se fraco.
4-    Devemos ter cuidado com quem nos envolvemos, pois corremos o risco de enfraquecermos nessa relação.
5-    Dal “que se balança”, como um pobre doente que anda sem rumo. Se relaciona a daleth, “porta”. Neste caso, uma porta de entrada para o mal.
6-    A palavra “Dalila” (דּלילה) é muito semelhante ao termo hebraico para “noite” (לילה - layelah). A diferença é uma única letra.
7-    Ou seja: a fraca enfraqueceu o forte, e a noite apagou o brilho do sol.
8-    Juízes 16.5. Os reis dos filisteus perceberam que a força de Sansão era desproporcional a seu porte físico. Assim, julgaram que sua força deveria proceder de algum amuleto ou encantamento.
9-    A pessoa que Sansão amava o vendeu por mil e cem barras de prata. Um dos discípulos amados de Jesus o vendeu o por trinta moedas de prata.
10-                     Tendões (yether). Cordas (aboth).
11-                     Sete tranças (shebha’ machlephoth).
12-                     Em hebraico, a palavra sete (sheba’) é muito semelhante ao termo para “jurar” (shaba’), pois os juramentos eram geralmente repetidos sete vezes.  
13-                     Quando Sansão deixou que Dalila cortasse suas tranças, ele estava abrindo mão de sua aliança com Deus.
14-                     O mistério é que nos parece que ele deliberadamente deixou que ela cortasse seu cabelo e o enfraquecesse.
15-                     Curiosamente, Cristo, de forma semelhante, enfraqueceu-se a si mesmo (a kenosis, Filipenses 2.6), para encarnar e morrer na cruz, de modo que, assim, conseguiu invadir o quartel general do inferno e implodi-lo de dentro para forma. Alguma semelhança com a história de Sansão?
16-                     Juízes 16.7. Navalha (Hb. morah). Em hebraico, essa palavra se relaciona com “medo” (mora’), “triturar” (morag), “abismo” (morad, Miquéias 1.4), “mestre” (moreh), “Moriá” (“escolhido por Jeovah” – onde Abraão levou Isaque para ser sacrificado e onde Salomão edificou o templo, na eira de Araúna – 2 Samuel 24 e 1 Crônicas 21).
17-                      O mestre (moreh) Jesus, de forma semelhante, ao esvaziar-se, foi tomado por um grande terror (mora’), foi triturado (morag) nas mãos dos romanos e foi sacrificado no Monte Moriá (moriyah). Através disso, chegou ao abismo (morad), onde destruiu o poder das trevas.
18-                     Juízes 16.21. Os filisteus vazaram os olhos de Sansão, pois não sabiam que ele tinha perdido definitivamente sua força.
19-                     Além disso, ele que fora seduzido pelo olhar, buscando satisfazer seus prazeres com as mulheres estranhas, está agora privado de tal faculdade.
20-                     Isso nos lembra da seguinte passagem: “Se o teu olho direito te faz tropeçar, arranca-o e lança-o de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e não seja todo o teu corpo lançado no inferno” (Mateus 5.29).  
21-                     O fizeram descer. Assim, aquele que é chamado de “sol” foi reduzido às trevas, ao poço do inferno, o quartel general do inimigo, ao templo de Dagom, que representa o inferno. Assim como Jesus, que foi à mansão dos mortos e levou cativo o cativeiro.
22-                     Gaza (‘azzah, “poderosa”). Era a cidade mais forte dos filisteus, onde ele seria bem guardado, e perto do litoral, assim, afastada do povo de Sansão. Foi, também, o local onde Sansão cometeu seu primeiro grande pecado (Juízes 16.1).
23-                     Cadeias de bronze (Hb. nechushtaim, plural de nechosheth). Em hebraico, soa semelhante à palavra “serpente” (nachash). Ou seja, essas eram cadeias malignas.
24-                     Juízes 16.22. O cabelo (se’ar) voltou a crescer. Em hebraico, a palavra “cabelo” (se’ar) pode ser traduzida como (sha’ar) “abertura”, “porta”, “portão”, “portal”, ou “dividir” (sha’ar).
25-                     Ou seja, a volta do cabelo se Sansão representou a possibilidade de reabertura de seu canal de comunicação com Deus.
26-                     Pode também ser lida como (sa’ar) “tempestade” ou “terror”. Assim, a grande tempestade que os filisteus tanto procuraram evitar está prestes a vir sobre eles com uma violência nunca antes vista.
27-                     Sansão foi conduzido pelos próprios filisteus ao quartel general do inimigo. Vemos, assim, que Deus é o verdadeiro estrategista de guerra.
28-                     Jesus, de forma semelhante, foi conduzido ao quartel general do inimigo pela própria morte.
29-                     Juízes 16.23. O local era o templo de Dagom (Hb. dagon, de dag, “peixe”, relacionado a dagan, “cereal”, “milho”). Deus da fertilidade.
30-                     Juízes 16.25. Em meio às duas colunas. Nos lembram as colunas (1 Reis 7.21) Jaquim (“ele estabelecerá”) e Boaz (“em sua força”). Só há duas colunas verdadeiras, as do templo de Salomão. As do templo de Dagom devem ser destruídas.   




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