sexta-feira, 31 de maio de 2013

Ativando o sobrenatural através da arte - Pregação Conferência Hope House (Porto Alegre)



“Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus. Porque não recebestes o espírito de escravidão, para, outra vez, estardes em temor, mas recebestes o espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai. O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus” (Romanos 8.14-16).

1-    No texto acima, o apóstolo Paulo deixa claro que Deus é como um pai que adota filhos.
2-    Mas o sinal de que alguém foi adotado pelo Senhor é o fato de ser guiado pelo Espírito Santo.
3-    Portanto, para que a pessoa seja feita “filha de Deus” (João 1.12) ela deve ser guiada pelo Espírito Santo.
4-    Portanto, para conduzirmos alguém para ser adotado por Deus, convém que esta pessoa conheça o Espírito.
5-    E não há maneira melhor de conhecer o Espírito Santo do que através da música, dos louvores, da adoração.
6-    Em seu livro Elaborações Musicais (1991), Edward Said ressalta a influência da música clássica na elaboração do espaço social, comparando as salas de concerto do século XX com os museus e bibliotecas.
7-    Todavia, as salas de concerto se diferenciam, pois a execução de uma orquestra se desenvolve em um determinado espaço e tempo, de modo que a performance desempenha papel crucial.
8-    É possível reler um livro ou visitar uma exposição de arte pela segunda vez, mas, segundo Said, “não faz sentido rever um concerto, embora a indústria fonológica tenha alterado isso consideravelmente” (p. 22).
9-    A música cria relações e espaços. No caso da música cristã, esta deveria promover um canal de relação com Deus e levar-nos a outro ambiente, que extrapola o físico em direção ao espiritual.
10-                     Em hebraico, a palavra “cantar” (shiyr) é semelhante aos termos “corda” (shôr) e “umbigo” (shôrer).
11-                     Isso porque o louvor é como uma corda que nos une a Deus, como um cordão umbilical que nos conecta ao Senhor e traz Sua presença para perto de nós, nos adotando como filhos e confirmando com nossos espíritos que somos filhos de Deus.
12-                     Mas não basta conhecer. Para ser filho, é necessário ser guiado pelo Espírito, como o apóstolo João afirma: “O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo o que é nascido do Espírito” (João 3.8).
13-                     Para ser filho, é necessário ser nascido do Espírito. E quem é nascido, também é por Ele conduzido.
14-                     Em grego, o verbo “guiar” ou “conduzir” é ago, a mesmo termo que dá origem à palavra “pedagogia” (“conduzir a criança”). Ou seja, o Espírito nos conduz assim como um professor que educa seu aluno ou um pai que ensina seu filho.
15-                     Em hebraico, o termo para conduzir é nahag, como em Deuteronômio 4.27.
16-                     O curioso é que a palavra “tangedor” (nagan, 2 Reis 3.15) está diretamente relacionada nahag (“conduzir”).
17-                     Assim vemos que o tangedor, ao criar sons, melodias e harmonias, estabelece um canal de comunicação espiritual, de modo que o Senhor passa a guiar, conduzir e levar (nahag) o homem à compreensão de que, em Cristo, fomos adotados por Deus como filhos. Assim, aprendemos, na prática, que “Deus habita em meio aos louvores” (Salmos 22.3).
18-                     Ser guiado pelo Espírito significa deixá-lo conduzir nossa vida, como um tutor.
19-                     Quando passamos a ser guiados por Ele, recebemos o “espírito de adoção”, ou seja, Deus confirma em nosso espírito que somos seus filhos.
20-                     Em hebraico, não temos na Bíblia uma palavra específica para adoção. Hoje em dia, porém, o hebraico contemporâneo utiliza para “adotar” o termo la’amets, e para “adotado” a expressão me’umats (masculino) e me’umetzet (feminino).
21-                     Essa palavra é muito interessante, pois está relacionada ao termo bíblico ‘amats, que significa “forte” (Gênesis 25.23); “obstinado” (Deuteronômio 2.23); “corajoso” (Deuteronômio 31.6); “poderoso” (2 Samuel 22.18); “conseguir” (1 Reis 12.18); “corroborar” (2 Crônicas 11.17); “prevalecer” (2 Crônicas 13.18); “revigorar” (Salmos 31.24); “firmar” (Provérbios 8.28); “fazer escolha” (Isaías 44.14) e “reunir” (Naum 2.1).      
22-                     Relaciona-se com o termo matstsah, que significa “pão asmo”, ou seja, o pão sem fermento, que representa uma vida pura, que não foi corrompida pelo pecado, como Jesus nos ensinou (Mateus 16.6, 11, 12; Marcos 8.15; Lucas 12.1).
23-                     Relaciona-se com matsa', que significa “encontrar” (Gênesis 4.14). 
24-                     Relaciona-se a matsah, que significa “beber” (Salmos 73.10).
25-                     Saussure e as dicotomias.
26-                     Significante X Significado.
27-                     Essa relação entre significante e significado também pode ser aplicada à música.
28-                     Antônio Vicente Pietroforte, no texto A Língua como Objeto da Linguística (2004), escreve o seguinte sobre o tema:

O significante da língua é uma imagem acústica, que, quando se realiza na fala, forma uma substância sonora. Sendo da ordem do som, sua realização acontece no tempo, tomando a forma de uma duração. Contrariamente aos significantes visuais, que se realizam no espaço, os significantes sonoros, como os significantes linguísticos ou musicais, realizam-se no tempo, de modo que dois sons só se realizam em uma sucessão (PIETROFORTE, 2004).

25.                      Ou seja, na música, também há significantes e significados. Os sons também significam.
26.                      Temos, na Bíblia, exemplos claros de que os sons musicais têm significado especial na rede de comunicação entre o homem e Deus.
27.                      Em 2 Reis 3.15, vemos que Eliseu precisava receber uma mensagem de Deus, mas precisava criar uma atmosfera favorável ao contato divino.
28.                      Então, pediu que fosse trazido um músico.
29.                      E aconteceu que, enquanto “o tangedor tocava, a mensagem de Deus achegou a Eliseu”.
30.                      O curioso é que, em hebraico, a palavra “tangedor” (nagan) se relaciona com os termos “manhã” (nogah, Daniel 6.19), “luz”, “resplandecer”, “brilhar” (nagah, 2 Samuel 22.29, Jó 18.5, Jó 22.28), “resplendor” (negohah, Isaías 59.9), “aurora” (Provérbios 4.18) e “levar”, “conduzir”, “guiar” (nahag, Gênesis 31.18; Deuteronômio 4.27; 2 Samuel 6.3).
31.                      Isso porque a o instrumentista (nagan) é capaz de trazer a luz (nogah) divina e o resplendor (negohah) da glória de Deus através das notas musicais tocadas.
32.                      Assim, se estabelece, através da música, um canal de comunicação espiritual, composto por significantes e significados de natureza sonora, e o Senhor passa a guiar, conduzir e levar (nahag) o homem à compreensão do caminho, da verdade e da vida (João 14.6), pois “Deus habita em meio aos louvores” (Salmos 22.3).

Daniel Lopez é Bacharel em Teologia pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP), em Comunicação Social - Jornalismo pela UFRJ, Mestre em Linguística pela UERJ e Doutorando em Linguística pela UFF. É colunista do portal Lagoinha.com e Diretor de Teologia do Instituto Hope House.

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sábado, 25 de maio de 2013

Áudio 1 Samuel: Aula 05

Para baixar 1 Samuel - Aula 05, clique no link abaixo.

1 Samuel: Aula 05 - Daniel Lopez

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Daniel Lopez

1 Samuel - Aula 05

1.    8.11. O Rei (Hb. ha melekh). A expressão é muito semelhante a Moloque (Hb. ha molekh) em Levítico 20.5, o deus que devorava as crianças.
2.    Se olharmos 1 Samuel 8.11, veremos que está se falando do mal que Moloque trazia à nação judaica:

e disse: Este será o direito do rei que houver de reinar sobre vós: ele tomará os vossos filhos e os empregará no serviço dos seus carros e como seus cavaleiros, para que corram adiante deles;

3.    Infelizmente, o rei nomeado, Saul, na segunda parte de sua vida, foi mais usado para levar pessoas à morte do quedar-lhes vida.
4.    O interessante é que neste trecho em que Samuel fala sobre o rei que seria levantado, ele usa inúmeras vezes a expressão “ele tomará” (yiqqach).
5.    É um rei que mais toma do que oferece.
6.    Em hebraico, yiqqach se relaciona com o termo “persuasão” (leqach – Provérbios 16.23).
7.    Ele será cheio de argumentos persuasivos para tomar os jovens para si, semelhante ao que anticristo fará.
8.    Também se relaciona com a palavra “presa” (malqoach – Números 31.11).
9.    Esses que serão tomados por ele crerão que estão sendo valorizados e amados, mas, na verdade, são meras presas.
10.                      8.19 Recusou o povo a escutar a voz de Samuel (Hb. vayma'anu ha ‘âm lishmoa’ beqol shemu'el). O curioso é que a expressão “escutar” (Hb. shama’) aparece duas vezes aqui.
11.                      É como se estivesse escrito: “Recusou-se o povo a escutar a voz daquele que escuta a voz de Deus”.
12.                      O povo recusou escutar a voz de um homem que, na verdade, escutava a voz de Deus e reproduzia a voz de Deus, pois era um verdadeiro naviy’, ou seja, profeta, “aquele que dentro de si há uma frutificação”.
13.                      8.19 Sobre nós (Hb. ‘aleynu, vem de ‘al, “sobre”).
14.                      O curioso é que ‘al se relaciona a ‘ol (“jugo” – Gênesis 27.40), ‘aliyl (“fornalha” – Salmo 12.6) e galuth (“cativeiro” – 2 Reis 25.27).  

Agradeço ao amigo Walmor por me lembrar que esta aula não havia sido postada.

sábado, 18 de maio de 2013

1 Samuel: Aula 12 - Áudio MP3

Segue abaixo o link para baixar a nossa aula de ontem:

1 Samuel: Aula 12

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Daniel Lopez

sexta-feira, 17 de maio de 2013

1 Samuel – Aula 12




1-    15.1 Ungir-te rei (Hb. limshochokha lemelekh, soa parecido com lammolekh, Levítico 18.21, ou seja, “ungir-te moloque”).
2-    15.1 Deus está dando uma segunda chance a Saul.
3-    15.2 Castigarei (Hb. pâqadhtiy). A expressão também pode ser traduzida por “eu notei”, “eu visitei”, “eu fiz errar”.
4-    15.2 Pelo que fez. É um pecado muito grave atacar uma pessoa que está necessitada, fraca e doente.
5-    15.3 Telaim (Hb. tela’iym). “Cordeirinhos”, Isaías 40.11. Relacionado a tala’, “malhado”, símbolo de contaminação espiritual:

Usou os seus vestidos [malhados] para enfeitar os seus lugares de adoração [idólatra] e ali você se entregava a qualquer um, como uma prostituta (Ezequiel 16.16)

6-     15.5 Deus sempre separa aqueles que agem bem.
7-    15.6 Avilá (Hb. chaviylah). “Circular” (Strong); “círculo” (BDB). Relacionada a chul, “dançar” (ideia de rodar, Juízes 21.21). “esperar” (a angústia do parto, Gênesis 8.10); “angústia” (Deuteronômio 2.25); “parto” (Isaías 23.4); “temer” (1 Crônicas 10.3); “dor” (pelo furo, Ester 4.4).
8-    15.6 Sur (Hb. shur). Semelhante a “touro” (puxa corda), “barricada” (cercado por cordas), “gado” (puxa corda). Relacionado a sharsherâh, “corrente” (Êxodo 28.14).     
9-    15.6 Egito (Hb. mitsrayim, dual de matsor, ou seja, “duplamente sitiado”).
10-                     “Egito” vem do grego Aigyptos, do egípcio Ha-ka-ptah, ou seja, “templo da alma de Ptah”, deus criador associado às construções em pedra (maçonaria), e à cidade de Mênfis. No Egito antigo, era um dos nomes da cidade de Mênfis.
11-                       15.7 Agagaue (Hb.) “Chama” (Strong); “eu superarei” (BDB);
12-                     15.9 A desobediência pela ganância.
13-                     15.11 Arrependo-me (Hb. nacham). Uma forma humana de expressar uma decisão divina. Deus não muda, quem mudou foi Saul. Ele mesmo determinou a mudança de seu destino.
14-                     15.11 Me seguir (Hb. mê'acharay). Vem de ‘achar, “estar atrás”, ou seja, não anda mais sob o comando de Yaweh, mas agora, em sua arrogância, quer andar diante dele.
15-                     15.11 Deixou (Hb. shav) Também é traduzido como “retrocedeu” (Êxodo 14.2).
16-                     Relacionado a machar (Josué 4.6), “futuro”. Ou seja, Yaweh deixou de fazer parte do futuro de Saul.
17-                     15.11 Executou (Hb. heqiym). Vem de qum, “levantar” (Gênesis 4.8) ou “estabelecer” (Gênesis 6.18).
18-                      15.11 E contristou (Hb. vayyichar). Literalmente, “esquentou”, “queimou”. Tem a mesma raiz de “seguir” (‘achar).
19-                     15.11 E Clamou (Hb. vayyiz`aq). Vem de za’aq, cujas letras (Oz) formam a ideia de “arma à vista”. Samuel clamou, pois viu que isso traria muita luta, sofrimento e morte à casa de Israel. Pense nas décadas de conflitos entre Davi e Saul.
20-                     15.12 Madrugou (Hb. shakam). Relacionado a shekem, “ombro” (Gênesis 9.23). Ideia da pessoa que acorda cedo para trabalhar, colocando um fardo em seu ombro. Samuel acordou com um peso nas costas, com a incumbência de informara a Saul que ele havia sido sumária e definitivamente rejeitado por Deus.
21-                     15.12 Encontrar (Hb. qir’ah). Relacionado a qarah, “frio” (Jó 24.7). Primeiro ele esquentou, agora, ficou frio, pois a conversa não teria qualquer sentimento bom, mas o ar de uma tragédia.
22-                     15.12 Levantou (Hb. natsab) Relacionado a nitstsab, “cabo da espada” (Juízes 3.22). A estátua que Saul levantou era sinal de uma arma contra sua própria vida.
23-                     15.12 Monumento (Hb. yad). Significa “mão” ou “pata” (Daniel 6.27). O monumento permitiu que a para do “leão que está ao derredor procurando a quem tragar” (1 Pedro 5.8) pudesse tocar em Saul.
24-                     15.15 Para sacrificar. Mentira deslavada. Foi flagrado no erro, e tentou dar ao erra um ar de zelo religioso.     
25-                     15.16 Espere (Hb. Hereph). Relacionado a “ídolos do lar” (teraphiym, Gênesis 31.19); “morte” (rapha’, Provérbios 2.18); “desfalecer” (raphah, 2 Crônicas 15.7).
26-                     15.22 Um segredo para a vida espiritual.
27-                     15.23 Rebelião (Hb. meriy). Associado a “amargura” e “fraqueza”. Soa muito parecido com a expressão “meu senhor” (Daniel 4.19 e 4.24).
28-                     15.23 Feitiçaria (Hb. qesem). “Encantamento”, “adivinhação”, “oráculo”. Como o desenvolvimento da kabalah no período intertestamentário: como Deus não respondia mais, eles procuraram a adivinhação, assim como faria Saul no final de sua vida.
29-                     15.17 Manto (Hb. me’iyl). Relacionado a ma’al, “prevaricar” (Deuteronômio 32.51), ou seja, “cometer um erro em secreto”. Sinal de que Saul foi rejeitado pois em sua vida oculta, secreta, ele construía altares para si mesmo.


domingo, 12 de maio de 2013

Áudio de 1 Samuel - Aula 11



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1 Samuel: Aula 11 - Daniel Lopez

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Daniel Lopez

quinta-feira, 9 de maio de 2013

1 Samuel – Aula 11




I – Uma vitória com gosto amargo

1-    14.1 Não o fez saber a seu pai. Provavelmente, sabia que seu pai impediria tal incursão, já que a ousadia não era seu forte.
2-    O esquema de Jonatas X a ignorância de Saul: uma cena dramática.
3-    Jônatas estava em movimento. Saul estava sentado sob uma romeira.
4-     14.2 Romeira (Hb. rimmon). Relacionado e remiyah, “mentira” (Jó 13.7), “engano” (Jó 27.4), “dolo” (Salmos 32.2), “fraude” (Salmo 101.7), “preguiçoso” (Provérbio 12.27), “ocioso” (Provérbio 19.15), “relaxadamente” (Jeremias 48.10).
5-    14.2 Migrom (Hb. migron, “precipício”). Relacionado a magar, “terror” (Ezequiel 21.12 KJV) e “derrubar” (megar, Esdras 6.12).
6-    O rei que fica parado está perto de um precipício (migron), e em breve será derrubado (megar), pois o terror (magar) está à porta, como Davi quando caiu com Bateseba.
7-    Migron se relaciona com mammegurah, “depósito”, como em Joel 1.17: “Nos campos secos, as sementes não brotam; não há colheita de trigo, e os depósitos de cereais estão caindo aos pedaços”.
8-    14.3 Aías (Hb. 'achıyah, “irmão de Yah” ou  “o Ah de Yahovah”, segundo Ezequiel 6.11 e 21.15).

Assim diz o SENHOR Deus: Bate as palmas, bate com o pé e dize: Ah! (Hb. ach) Por todas as terríveis abominações da casa de Israel! Pois cairão à espada, e de fome, e de peste (Ezequiel 6.11).

9-    Por que Saul restaura a linhagem de Aías?
10-                     A Bíblia deixa claro o perigo que isso gerava, quando cita sua genealogia:
11-                     Aías (Hb. 'achıyah, “meu irmão é Yehovah”).
12-                     Aitube (Hb. 'achıyṭub, “meu irmão é bom”).
13-                     O curioso é que אח também pode ser lido como ‘oach, que significa “animal uivante”, “chacal”, “hiena” (segundo o Dicionário Brown-Driver-Briggs) ou “coruja” (Isaías 13.21 ARA) ou “horríveis animais” (Isaías 13.21 ARC).
14-                     Icabô (Hb. 'ı̂y-khavod, “sem glória”). 1 Samuel 4.19-22.
15-                     Fineias (Hb. pıynchas, “boca de serpente”). O sacerdote amante de carne e tarado (1 Samuel 2.12-17 e 22-25).
16-                     Eli (Hb. ‘eliy, “soberbo”, “orgulhoso”, “arrogante” – Dicionário Strong). Sua descendência foi excluída do sacerdócio devido a sua desobediência (1 Samuel 2.27-36 e 3.11-14).
17-                     Vejamos, então, a liderança da época:

a)    Rei: Saul, que permanece sentado, e cuja dinastia foi rejeitada (1 Samuel 13.13-14);

b)    Sacerdote: Aías, cuja linhagem sacerdotal foi rejeitada.

18-                     Logo após Samuel abandonar Saul, o rei ficou sem nenhuma liderança espiritual autorizada por Deus.
19-                     Assim, buscou um sacerdote de uma linhagem rejeitada.
20-                     Que ajuda podem este rei e sacerdote rejeitados oferecer?
21-                     14.4 Bozez (Hb. botséts). Relacionado a bots, “lama” (Jeremias 38.22), ou seja, “pedra escorregadia”.
22-                     14.4 Sené (Hb. sêneh, “espinhosa”).
23-                     Ou seja, o local era considerado impenetrável. Jonatas, porém, enxergou aqui uma vantagem.
24-                     Resumindo a cena, temos:
a)    Um plano, que é secreto;
b)    Os líderes, que são rejeitados;
c)     Um local, que é impossível de transpor.

25-                     Aqui está o segredo: a vitória era improvável demais. Mas é nesse momento que Deus atua.
26-                     14.6. A declaração de Jônatas é estonteante.
27-                     Ele não tinha motivos para ser otimista.
28-                     Na verdade, as palavras de Jônatas revelam não um otimismo, mas fé.
29-                     Algumas pessoas são otimistas por natureza.
30-                     A fé, porém, pode surgir até mesmo quando não há razão nenhuma para ser otimista.
31-                     A fé pode brotar em meio a tais situações caóticas pois não está focada nas circunstâncias, mas em Deus.
32-                     Podemos, então, concluir o seguinte das palavras de Jônatas:

a)    Uma convicção clara sobre Deus (“porque para o SENHOR nenhum impedimento há de livrar”);
b)    Produz grandes expectativas sobre a ação divina (“talvez o Senhor atue em nosso favor”)
c)     E nos faz reconhecer o modo “normal” que Deus trabalha (“com muitos ou com poucos”, ou seja, por meio de seus servos).

33-                     Jônatas não está confiando na esperteza de seu plano.
34-                     Pelo contrário, sua ousadia é fruto de sua confiança em Deus, calcada em um entendimento real e verdadeiro sobre a pessoa e obra do Senhor.
35-                     A beleza da fé de Jônatas é sua imaginação (“Vamos... pode ser Yehovah aja em nosso favor”);
36-                     E a beleza de sua imaginação é seu equilíbrio (“pode ser que”).
37-                     É como se Jônatas dissesse: “Deus pode tudo. Quem sabe ele nos ajudará nesta batalha. Só saberemos a resposta se o consultarmos”.
38-                     Deus não precisa de seiscentos homens medrosos, mas apenas de dois homens santos que confiem na capacidade, fidelidade e soberania do Senhor.
39-                     Muitos pensam hoje em dia que dizer “talvez” expressa falta de fé, pois julgam que a fé precisa ser sempre certa, dogmática e absolutamente positiva.
40-                     Todavia, não devemos confundir fé com arrogância.
41-                     O “talvez” de Jônatas faz parte de sua fé, pois ele tanto confessa a o poder de Yahweh como preserva a liberdade de Yahweh.
42-                     14.7 Eis-me aqui contigo, a tua disposição será a minha (Hb. hineniy ‘immkhá kilvavékha). “Olhe para mim! Estou contigo, como seu povo, como seu próprio coração!”.
43-                     14.10 Nos entregou (Hb. nethanâm). O mesmo verbo (nathan) que origina o nome de Jônatas (yehonathân, “Yehowah entregou”).
44-                     14.13 Jônatas ia atacando e derrubando os filisteus, e o rapaz os ia matando. Somos como escudeiros de Cristo: ele dá o primeiro golpe, e nós continuamos sua obra.
45-                     14.14 Meia jeira (Hb. kevachatsí maanah). A expressão ma’anah (“meia”) soa muito parecido com ma’aneh, que significa “resposta” (Provérbios 16.1, Jó 32.3). Ou seja, Deus já estava dando metade da resposta à oração de Jônatas.
46-                     14.15 Espanto... terror (Hb. charadah). A raiz de charadah (espanto) aparece três vezes neste versículo, ressaltando que Deus trouxe grande horror aos filisteus, que foi ainda aumentado com o tremor (Hb. ragaz) de terra.
47-                     14.16 Multidão (Hb. hamon).
48-                     14.19 Alvoroço (Hb. hamon).
49-                     14.20 Tumulto (Hb. mehumah).
50-                     14.23 Livrou (Hb. yasha’, “salvou”). Yehowah deu o livramento que Jônatas havia pedido.
51-                     14.23 Além de Bete-Áven (Hb. ‘averá 'eth beyth 'áven). Ou seja, além da “casa da vaidade”. Quando a vaidade de Saul foi superada, Yehowah concedeu a vitória.
52-                     14.24 Angustiados (Hb. nagás). Deus concedeu a vitória, mas o povo não a pôde celebrar. Foi uma vitória amarga, devido à vaidade, arrogância e ignorância de Saul.
53-                     O curioso é que em 1 Samuel 13.6, os filisteus “apertavam” (nagás) os hebreus. Agora, esmo após vencer os filisteus, o povo permanece angustiado (nagás), agora, por Saul.
54-                     14.47 Era vitorioso (Hb. yarshiya’). “Agia mal”, “agia maliciosamente” (Jó 34.12).