“Antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração, estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós”. 1 Pedro 3.15
1- O que é “igreja”?
2- Igreja, em grego, é ekklesia, fruto da união entre ekkalein, “chamar para fora”, composto por ek (“fora”) + kalein (“chamar”).
3- A expressão ekklesia pode ser traduzida de duas maneiras: “chamar os de fora para dentro” e “chamar os de dentro para que saiam para fora”.
4- Este é o cerne da Igreja: trazer pessoas para a Igreja, depois prepará-las para que saiam e tragam mais pessoas a conhecer o Senhor.
5- Todavia, para chamarmos os de fora para dentro devemos estar “preparados para dar a razão de nossa fé a todo aquele que nos pedir” (1 Pedro 3.15).
6- É importante conhecermos as doutrinas que circulam pelo mundo, para que possamos responder com firmeza e convicção todas as objeções que são feitas à nossa fé.
7- Uma das doutrinas que procuram contestar os principais fundamentos da fé cristã é a doutrina espírita.
8- Eles contestam a divindade de Cristo, a trindade, a existência do inferno, a encarnação, a expiação pelo sacrifício e a necessidade de salvação.
9- Temos muitos argumentos a favor da verdade das doutrinas cristãs e da falsidade das doutrinas kardecistas.
10- O kardecismo afirma que Jesus não era Deus, mas apenas um espírito iluminado.
11- Todavia, a Bíblia é explícita ao afirmar a divindade de Cristo:
12- “Também sabemos que o Filho de Deus é vindo e nos tem dado entendimento para reconhecermos o verdadeiro; e estamos no verdadeiro, em seu Filho, Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus (alethinós theós) e a vida eterna” (1 João 5.20).
13- “E, quanto aos anjos, diz: O que de seus anjos faz ventos e de seus ministros, labareda de fogo. Mas, do Filho, diz: Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos, cetro de equidade é o cetro do teu reino” (Hebreus 1.7-8).
14- Kardec estimulou os homens a consultarem os espíritos dos mortos. A Bíblia, porém, proíbe com veemência esta prática, chegando a puni-la com a pena de morte:
15- “Não procurem a ajuda dos que invocam os espíritos dos mortos e dos que adivinham o futuro. Isso é pecado e fará com que vocês fiquem impuros. Eu sou o SENHOR, o Deus de vocês” (Levítico 19.31).
16- “Se alguém procurar a ajuda dos que invocam os espíritos dos mortos e dos que adivinham o futuro, eu ficarei contra essa pessoa por causa desse pecado e a expulsarei do meio do povo” (Levítico 20.6).
17- “Quando vocês tomarem posse da terra que o SENHOR, nosso Deus, está dando a vocês, não imitem os costumes nojentos dos povos de lá. Não ofereçam os seus filhos em sacrifício, queimando-os no altar. Não deixem que no meio do povo haja adivinhos ou pessoas que tiram sortes; não tolerem feiticeiros, nem quem faz despachos, nem os que invocam os espíritos dos mortos. O SENHOR Deus detesta os que praticam essas coisas nojentas e por isso mesmo está expulsando da terra esses povos, enquanto vocês vão tomando posse dela” (Deuteronômio 18.9-12).
18- “Algumas pessoas vão pedir que vocês consultem os adivinhos e os médiuns, que cochicham e falam baixinho. Essas pessoas dirão: ‘Precisamos receber mensagens dos espíritos, precisamos consultar os mortos em favor dos vivos!’. Mas vocês respondam assim: ‘O que devemos fazer é consultar a lei e os ensinamentos de Deus. O que os médiuns dizem não tem nenhum valor’” (Isaías 8. 19-20).
19- “Sim, os vivos sabem que vão morrer, mas os mortos não sabem nada. Eles não vão receber mais nada e estão completamente esquecidos. Os seus amores, os seus ódios, as suas paixões, tudo isso morreu com eles. Nunca mais tomarão parte naquilo que acontece neste mundo” (Eclesiastes 9.5-6).
20- 1º: Allan Kardec recebeu instruções dos espíritos somente em meados do século 19, enquanto a Igreja Cristã tem mantido seus ensinos desde o 1º século.
21- 2º: Allan Kardec ensinou que a promessa da vinda do Espírito Santo cumpriu-se em sua época, e que o Espírito prometido não era um só, mas um ser coletivo (Evangelho Segundo o Espiritismo, edição 106, cap. 1, item 6 e cap. 6, item 4). A Bíblia, pelo contrário, mostra que o Consolador prometido veio estar com os cristãos no dia de Pentecostes, 50 dias após a ressurreição de Cristo, conforme Atos 2.16-17: “Mas o que ocorre é o que foi dito por intermédio do profeta Joel: E acontecerá nos últimos dias, diz o Senhor, que derramarei do meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos jovens terão visões, e sonharão vossos velhos”.
22- 3º: Kardec ensinou que Adão se refere a várias pessoas (O Livro dos Espíritos, Ed. 57, p. 67-68), enquanto a Bíblia sempre mostrou que Adão foi o primeiro homem criado por Deus e que, a partir dele, surgiu toda a raça humana: “Pois assim está escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito alma vivente. O último Adão, porém, é espírito vivificante” (1 Coríntios 15.45).
23- 4º: O espiritismo tem insistido em dizer que João Batista foi a reencarnação de Elias, enquanto o próprio João Batista negou tal crença (João 1.21).
24- Vejam a contradição. O espiritismo ensina que um espírito, ao manifestar-se numa sessão mediúnica, assume sua última identidade corpórea.
25- Se assim fosse, partindo da constatação que João Batista já havia morrido (João 9.9), quem deveria ter aparecido no Monte da Transfiguração: João Batista ou Elias? (Lucas 9.29-30).
26- Devemos observar que “vir no espírito de Elias” (Lucas 1.17) é diferente de “vir com o espírito de Elias”.
27- Para isso, basta analisarmos a expressão de 2 Reis 2.15, onde lemos que “sobre Eliseu repousava o espírito de Elias”.
28- Isso não queria dizer que Eliseu era o Elias reencarnado, tendo em vista que ambos eram contemporâneos e foram grandes amigos.
29- Isso, sem citar o fato de que Elias não morreu, ou desencarnou, mas foi arrebatado, levado de corpo e alma aos céus (2 Reis 2.11).
30- Além disso, devemos considerar que a identidade de um espírito que se manifesta em uma sessão mediúnica pode ser a de um espírito inferior, gerando, assim, dúvidas e incertezas (Livro dos Médiuns, edição 29, p. 273, 274, 321, 373 e 374).
31- Dessa maneira, como podemos confiar na identidade e nas doutrinas que esses espíritos trazem?
32- Outra contradição. Allan Kardec declarou que o espiritismo e o cristianismo ensinam a mesma coisa (Evangelho Segundo o Espiritismo, ed. 106, Introdução, item VIII e cap. 1, item 7).
33- A Bíblia, porém, alerta que espíritos trariam um outro Evangelho, mas que este deveria ser rejeitado: “Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema. Assim como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo: se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema” (Gálatas 1.8-9).
34- Segundo o espiritismo, o homem nasce e morre sucessivamente. A Bíblia, porém, nos ensina que “cabe ao homem morrer uma só vez, vindo, depois disso, o juízo” (Hebreus 9.27).
35- O espiritismo oferece libertação espiritual, através da desobsessão. Todavia, Jesus ensinou que “Se vós permanecerdes na minha palavra, sereis meus discípulos, e conhecereis a verdade e a verdade vos libertará... Se pois o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (João 8.31, 32 e 33).
36- Libertação sem Jesus e sem compromisso com sua Palavra é uma libertação falsa.
37- Deus permite que os espíritos mentirosos enganem os que não querem receber a verdade (2 Ts 2.9-12). O Senhor adverte seu povo que não creiam em todos os espíritos (1 Jo 4.1-3).
38- O caso de Saul e a feiticeira de En-Dor (1 Samuel 28).
39- Antes do encontro. Depois se ser rejeitado por Deus e estar endemoninhado (1 Samuel 16.14), Saul "foi tomado de medo, e muito se estremeceu o seu coração" (versículo 5). Ele tentou buscar a ajuda divina, mas o Senhor recusou ajudar-lhe, devido a seus muitos pecados.
40- Em um ato de desespero, ele procura uma feiticeira. Mas ele mesmo havia exterminado todos os bruxos e feiticeiras da terra de Israel.
41- O encontro com a feiticeira. Saul sabia que isso era pecado, (Êxodo 22:18, 1 Samuel 28:3).
42- Observe que Saul não viu o espírito que se apresentou (1 Samuel 28.13).
43- A profecia do falso Samuel, isto é, o que iria acontecer na vida de Saul foi clara, como se vê no versículo 19: "O SENHOR entregará também a Israel contigo na mão dos filisteus, e amanhã tu e teus filhos estareis comigo; e o acampamento de Israel o Senhor entregará na mão dos filisteus" Essa profecia não se cumpriu na íntegra, conforme passaremos a observar: Saul não foi entregue nas mãos dos filisteus; ele se suicidou (1 Samuel 31:4) e seu corpo foi recolhido do campo de batalha pelos moradores de Jabes-Gileade (1 Samuel 31:11-13).
44- Também não morreram todos os filhos de Saul - este tinha seis filhos e três deles sobreviveram. Morreram na batalha Jônatas, Abinadabe e Malquisua (2 Samuel 31:8-10; 21:8). Esses fatos tornam essa profecia uma flagrante contradição com o testemunho divino a respeito de Samuel, pois está escrito que "o Senhor era com ele, e nenhuma das suas palavras deixou cair em terra" (1 Samuel 3:19).
45- É claro, portanto, que não foi Samuel quem se manifestou em En-Dor. Tudo não passou de uma fraude ou de artimanha de um espírito maligno.
46- Saul e Samuel no mesmo lugar? O suposto Samuel disse a Saul, "... amanhã tu e teus fihos estareis comigo" (1 Samuel 28.19). Saul ao morrer, não foi para o mesmo lugar onde estava o verdadeiro Samuel, pois este se encontrava no paraíso, conforme prometido por Deus em sua Palavra àqueles que o temem (conforme Lucas 16:19-31). Sobre o rei Saul, entretanto, foi pronunciado o juízo divino: na Bíblia encontra-se explicitada a causa de sua morte.
47- "Assim morreu Saul por causa da sua transgressão cometida contra o Senhor, por causa da palavra do Senhor, a que ele não guardara; e também porque interrogara e consultara uma necromante" (1 Crônicas 10.13-14).
sexta-feira, 21 de setembro de 2012
terça-feira, 11 de setembro de 2012
Desvendando o Livro de Juízes: Aula 07 - Prof. Daniel Lopez
Na sétima aula sobre o livro de Juízes, ministrada no curso Mergulhando na Palavra, na Igreja Bola de Neve de Niterói, o Prof. Daniel Lopez analisa como Gideão, no final de sua vida, abandona os caminhos do Senhor, o que se torna uma armadilha para ele e para sua família. Gideão, que havia derrotado Baal e negado tornar-se rei de Israel, acaba por gerar um filho bastardo que restitui a adoração a Baal no território de Israel, e usurpa o reinado, governando de maneira tão sangrenta que sua história pode ser interpretada como um prenúncio do reino do Anticristo. Este rei é Abimeleque, ou seja, "meu pai é rei", em hebraico. Daniel Lopez analisa, também, como o cenário caótico da terra de Israel daquela época não é muito diferente da realidade em que vivemos hoje no Brasil.
sexta-feira, 7 de setembro de 2012
Juízes – Aula 06
1- O povo de Israel propôs a Gideão de que este reinasse sobre eles (Jz
8.22).
2- Gideão, porém, recusa a oferta, afirmando que Deus é que seria o
governador deles (Jz 8.23).
3- Todavia, Gideão pega o ouro que havia sido conquistado dos midianitas e
faz um éfode, que se torna um ídolo, o que veio a ser uma armadilha (moqesh,
“laço”, raiz qesh – Sq “reunir e esmagar”) para Gideão e para a sua casa (Jz 8.27).
4- O termo éfode (‘ephod),
a estola sacerdotal levítica, que se relaciona vem da raiz pad (Dp), cuja ideia é
“porta aberta”, e se relaciona do padah, que significa
“resgatar”.
5- Esse éfode, que deveria servir para libertar as pessoas do mal, abrindo
as portas da libertação e da benção, foram usadas para abrir uma porta para o
mal, o que trouxe grande maldição sobre Gideão, sobre sua família e sobre o
povo que de prostituiu espiritual com ele.
6- Depois da morte de Gideão, o povo faz um pacto para abandonarem o
verdadeiro Deus e servir Baal-Berite, ou seja, o “senhor da aliança”. Foi do
dinheiro reunido do templo desse deus que foi tirado o dinheiro que Abimeleque
utilizou para contratar os capangas e marginais que o acompanhavam, e que o
ajudaram a matar todos os seus irmãos.
7- Foi também na torre de Baal-Berite que o povo tentou, em vão,
refugiar-se de Abimeleque.
8- Abimeleque, patrocinado por Baal, mata todos os filhos de Gideão, aquele
que havia atacado Baal e, por isso, recebeu o nome de Jerubaal.
9- Vejam que quando atacamos o inimigo, devemos ficar muito atentos para
não pecarmos. Pois, se dermos lugar ao diabo, ele vorá contra nós com força
total.
10-
Vocês acham que se Gideão não tivesse feito aquele éfode
e o transformado em um ídolo, essa desgraça teria acontecido em sua família?
11-
Mas Deus sempre deixa um remanescente. Neste caso,
Jotão.
12-
Em hebraico, Jotão (yotham) significa
“Jeovah é perfeito”
13-
Tam (Mt) traz a ideia de
“o sinal da água”, pois aquele que é banhado pela Palavra é purificado e
aperfeiçoado (João 15.3).
14-
Jotão foi poupado porque, buscando ser um homem
perfeito assim como Deus é perfeito, recebeu a água da palavra e estava
protegido na sombra do onipotente, no esconderijo do altíssimo (Salmo 91.1).
15-
Juízes 9.5. Setenta filhos de Jerubaal (Hb.
binei yerubaal shiv’im), ou seja, “Os
satisfeitos construtores daquele que se levantou contra Baal”. Abimeleque matou
aqueles que dariam continuidade à grande obra de Gideão.
16-
Juízes 9.5. Sobre uma pedra (Hb. ‘al ‘eben ‘achat). Ou seja, “jugo pesado
depositado”, conforme Nm 19.2; Dt 25.15; Ed 5.15, respectivamente. Aquele
assassinado covarde trouxe um grande jugo para Abimeleque e para as pessoas que
financiaram o massacre com o dinheiro do templo de Baal-Berite.
17-
Juízes 9.6. Cidadãos (Hb. ba’aley, plural de ba’al). Ou seja, “juntaram todos os baals”, pois ainda que fossem
seres humanos, estavam sendo comandados por demônios que os fizeram cometer
aqueles crimes e consagrarem o sanguinário Abimeleque como rei.
18-
Juízes 9.6. Rei (Hb. Le melekh, “para rei” ou “para Moloque”, como em Lv 18.21). Ou
seja, os demônios baals levaram Abimeleque ao local onde se coloca o jugo (Siquém,
shekem,
“local onde se coloca o jugo”, “pescoço”, “lugar onde o guia monta no cavalo de
santo”, relacionado a shakam, “inclinar o ombro
para colocar um peso”) e o consagraram a Moloque, o devorador de crianças.
19-
Juízes 9.8. Oliveira (Hb. Zaiyth,
“ilumina”, “torna proeminente”, da raiz zath, Tz, “colher o sinal”, pois o azeite feito da azeitona era usado para ungir
reis e sacerdotes). Ou seja, para servir a Abimeleque, os homens de Deus teriam
que deixar de produzir o óleo da unção e de queimá-lo com o fogo do Espírito. É
uma oferta típica de satanás e do anticristo.
20-
Juízes 9.10. Figueira (Hb. Te’enah,
“a força da semente”, “aquilo que anseio”, ‘an, Na, “trabalhar e encontrar”, pois o deveria ser buscado com atenção,
trabalho e cautela, pois é um fruto verde, que se esconde em meio às folhas).
Ou seja, para servir a Abimeleque, os homens de Deus teriam que abandonar aquilo
pelo qual tanto buscaram, e trazia prazer, doçura e suavidade para suas vidas.
21-
Juízes 9.10. Videira (Hb. Gephen,
“aquilo que faz dobrar”, pois os galhos se dobram e se enrolam em volta dos
postes). Ou seja, para servir a Abimeleque, os homens de Deus teriam que abandonar
aquilo em que se envolvem, a presença de Deus, e aquilo diante do qual se
dobram.
22-
Juízes 9.14. Espinheiro (Hb. ‘Atad,
“aquilo que acalma o forte”, ‘ath, Ua, “touro contido”, “feiticeiro”, capaz de aplacar a garra até mesmo do
mais impetuoso dos guerreiros de Deus.
Juízes – Aulas 04 e 05
1- Juízes 6.1 - “Fizeram os filhos de
Israel o que era mau perante o Senhor; e o Senhor os deu nas mãos do midianitas por sete anos”.
2- O que era mau (Hb. hara’). Hara’ também pode significar “os
associados”. Algumas passagens traduzem hara’
por “irmão”. Todavia, em hebraico, a palavra irmão é ‘ach.
3- O termo hara’ significa “o associado”, como
em Provérbios 17.17 e 19.6. Ou seja, podemos ler Juízes 6.1 da seguinte
maneira: “Fizeram os filhos de Israel associações
perante o Senhor”.
4- Ou seja, associaram-se a deuses
pagãos e entidandes malignas através de seu pecado. Sua alma ficou conectada e
presa ao inimigo. Assim, Deus os entregou nas mãos dos midianitas.
5- Além disso, a expressão “o que era
mau” (hara’) se relaciona ao termo re’uth, que significa
“desejo”, “prazer”, “vontade”, “correr atrás” (Eclesiastes 1.14).
6- Ou seja, o povo desejou as coisas do
mundo e deu vazão à vontade de correr atrás de suas próprias paixões, de modo
que perderam a proteção divina e foram entregues aos inimigos.
7- Perante (Hb. be’eyney, “aos olhos”,
procede de ‘aiyn, “olho”). Ou seja, “fizeram os filhos de Israel
associações aos olhos do
Senhor”.
8- O termo hebraico para “olho” (‘aiyn)
se relaciona com as palavras “nuvem” (‘anan) e “fonte” (ma’yan).
9- Ou seja, quem faz o que é correto aos
olhos do Senhor, tem a proteção da sombra do onipontente (Salmo 91.1), pois
está debaixo da nuvem (‘anan) de Deus (Êxodo 13.21), e tem
acesso à fonte (ma’yan), pois bebe da Palavra de Deus (João 4.13-14) e obtém
refrigério no Senhor (Provérbios 3.8).
10-
Por
outro lado, o termo hebraico para “olho” (‘aiyn) também se relaciona com as
palavras “aflição” (‘enuth) e “feiticeiro” ou “encantador” (‘anan).
11-
Ou
seja, os filhos de Deus fizeram, diante do olho (‘aiyn) de Deus,
associações com os demônios através de seus pecados. Por isso, o Senhor os
entregou à aflição e aos feiticeiros e encantadores (‘anan), representados
pelos midianitas.
12-
O
interessante é que Midiã (midhyan) pode ser traduzido como
“juízo”, como em Juízes 5.10. Ou seja, pela desobediência do povo, Deus os
entregou aos midianitas, ou seja, àqueles que exercem o juízo.
13-
A
palavra hebraica midhyan também se relaciona à ideia de “gigante”, como em 2
Samuel 21.20:
14-
“Houve
ainda grande peleja; esta foi em Gate (Tc - gath, “pés marcados”, ou “lagar” –
as uvas eram pisadas e os pés daqueles que pisavam ficavam vermelhos, o que era
um sinal de sua ocupação) onde estava um homem
de grande estatura (‘iysh madhiyn), que tinha em cada
mão e em cada pé seis dedos, vinte e quatro ao todo; também este descendia dos gigantes (raphah)”.
15-
O
interessante é que em Juízes 6.11, lemos que Gideão foi malhar o trigo no lagar (ba gath), ou seja, “em
Gate”.
16-
Gate
é o onde estão grandes malfeitores e, ao mesmo tempo, grandes homens de Deus,
pois é o local dos “pés machados de sangue” (Tc - gath).
17-
No
caso dos ímpios, são pés manchados com o sangue dos inocentes, como Joabe em 1
Reis 2.5 e passagem de Romanos 3.15.
18-
No
caso dos homens de Deus, manchados com o sangue do cordeiro no dedão do pé
direito (Levítico 8.24) e da derrota dos ímpios, como no Salmo 58.10 e 68.23.
19-
Juízes 6.2. Os judeus, antes invencíveis com
Deus, agora, se escondem, como ratos, em buracos e cavernas. Como é triste a
vida de um povo que abandona os caminhos de Deus.
20-
Juízes 6.3. Todo o fruto de seu
trabalho era roubado pelos inimigos.
21-
Juízes 6.4. Os invasores destruíam toda a
terra, desde o rio Jordão até o litoral, em Gaza.
22-
Juízes 6.8. Antes de enviar o Anjo para
libertar o povo, Deus manda um profeta, para reprová-los por seu pecado e
levá-los ao arrependimento, como na sequência de 2 Crônicas 7.14.
23-
Juízes 6.11. Depois do arrependimento, Deus
envia o Anjo do Senhor (mal’akh yehovah), ou seja, o
“Mensageiro de Yehovah”.
24-
Este
não era um anjo criado, mas o próprio Filho de Deus, a Palavra Eterna, o Senhor
dos Anjos. Para chegar a tal conclusão, basta vermos que o Anjo foi chamado de Yehovah,
o nome incomunicável de Deus (Juízes 6.14 e 6.16).
25-
Veja
que o Anjo se encontra com Gideão quando este estava sozinho (badal,
ou seja, na porta da tenda, como Abraão em Gênesis 18.1 e Jacó no vau de
Jaboque, em Gênesis 32.24).
26-
A
solidão nos afasta da correia do mundo e facilita nossa comunhão com Deus.
27-
O
Anjo se sentou debaixo de um
carvalho (tachath ha‘elah).
28-
Em
hebraico, a expressão “debaixo” (tachath) pode significar “ficar
apavorado” (Deuteronômio 1.21 e 31.8).
29-
O
povo estava apavorado, pois não tinham mais o que comer, já que tinham sua
terra constantemente roubada e destruída.
30-
O
Anjo, porém, se assenta debaixo do temor do juramento e do terror da maldição. Assim,
mostra que o povo teria, novamente, a opção de escolher entre a benção e a
maldição, como em Deuteronômio 11.26.
31-
A
palavra hebraica para carvalho
(‘elah)
pode significar “maldição” (Números 5.21, Deuteronômio 29.19 e 29.20, Daniel
9.11 e Zacarias 5.3) ou “juramento” (Deuteronômio 29.14).
32-
Gideão
(gid’on)
significa “guerreiro” ou “lenhador”, relacionado a gada’, “fazer cair”, “derrubar árvore”.
33-
Gideão
(gid’on)
foi chamado com a unção para fazer o que está em Deuteronômio 7.5: “Porém assim
lhe fareis: derribareis os seus altares, quebrareis as suas colunas, cortareis
(teghadde’un)
os seus postes-ídolos e queimareis as suas imagens de escultura”.
34-
Juízes 6.20. A carne para o holocausto, o bolo
para a oferta de manjares e o caldo para a libação. Gideão prova aquele homem.
Se fosse humano, comeria a refeição. Se fosse angelical, a receberia como
oferta.
35-
Juízes 6.25. Um touro que havia sido engordado
durante sete anos para ser oferecido a Baal.
36-
Juízes 6.26. O fogo do holocausto deveria ser
feito com a madeira do poste-ídolo, que era a imagem da consorte de Baal, a
saber, Asera. Semelhante a Davi decapitando Golias com a própria espada do
gigante, e Jesus vencendo a morte utilizando a própria morte.
37-
Juízes 6.32. A destruição da imagem de Baal
gerou uma revolta por parte dos midianitas.
38-
Juízes 6.34. Vejam para que Deus reveste um
homem com seu Espírito: para que aquela pessoa toque uma trombeta e convoque
uma guerra contra o inferno.
39-
Juízes 7.1. Harode
(charode)
“terror”.
40-
Juízes 7.3. Medroso
(chared).
41-
Juízes 7.13. O sonho e sua interpretação foram
inspirados por Deus para aumentar a confiança do povo na força de Gideão.
42-
Juízes 7.13. Pão de Cevada. Representa
os judeus, que eram agricultores. Barraca. Representa os midianitas,
que eram nômades, isto é, gente do deserto (Jz 6.33).
43-
Juízes 7.19. Cornetas e jarros.
44-
Juízes 7.22. Zezerá
(“opressão”); Bete-Sita (“casa da
Acácia”); Abel-Meolá (“campina da
dança”); Tabate (“celebrado”).
45-
Juízes 7.24. Bete-Bara
(“casa do vau”).
46-
Juízes 7.25. Orebe
(“corvo”) e Zeebe (“lobo”).
47-
Juízes 8.1. A inveja após a vitória.
48-
Juízes 8.10. Zeba
(“sacrifício”) e Salmuna (“sem
sombra”, “sem proteção”).
49-
Juízes 8.19. Eu não os mataria. Gideão
teve que agir como vingador da morte de seus irmãos (Nm 35.19; Js 20.1-3).
50-
Juízes 8.27. Se prostituiu (Hb. Zanah,
“foi ceifado”, já que se relaciona com zanab,
“cortar”). Por isso, foram rejeitados (zanoach),
pois cometeram adultério (zanun).
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