1 Samuel – Aula 03
1-
4.21 Foi-se a glória. A glória foi embora porque o pecado estava tão
grande que provocou a expulsão de Deus da terra de Israel.
2-
Primeiro, o Anjo do Senhor havia partido (Juízes 2.1-4).
3-
Agora, a própria arca é retirada, em sinal de que Deus havia
abandonado completamente o povo.
4-
Porém, havia uma pessoa ali capacitada para trazer novamente a
presença de Deus de volta a Israel: Samuel, o menino que ouviu a voz de Deus.
5-
O curioso é que o termo hebraico para glória (kavod), está diretamente
relacionado com a noção de “pesado” (kaved), e com a palavra “fígado” (kaved
– Êxodo 29.13), pois é o órgão mais pesado do corpo.
6-
O fígado é um órgão curioso, pois desempenha funções muito
importantes, como:
a)
Desintoxicação
do organismo;
b)
Síntese de protrombina e fibrinogênese:
proteínas de coagulação do sangue;
c)
Emulsificação
de gorduras, através da bile, ação semelhante à do sabonete e do detergente.
7.
Assim, vemos
que a Glória de Deus, que operava através da arca, também tinha, curiosamente,
as funções de desintoxicar o povo de Deus de seus pecados, estancar o
sangramento, tampar as feridas do povo e limpar as pessoas como se fosse um
detergente.
8.
Agora, o
povo estava desprovido de todos esses benefícios da arca.
9.
Mas Deus
estava levando o povo ao arrependimento. Quando a terra estivesse devidamente
purificada, a arca retornaria ao território de Israel.
10.
O confronto com Dagom.
11.
Segundo
Daniel Mastral, Dagom é um príncipe dos ares, e uma das suas especialidades é
causar fenômenos da natureza, tempestades e vendavais.
12.
Os próprios
filisteus são levados a se arrepender de seus pecados.
13.
Eles
oferecem uma oferta pela culpa (‘asham – 1 Samuel 6.3), enquanto o
povo de Deus continuava em sua rebeldia.
14.
6.19 - O perigo de se aproximar da
arca indignamente.
15.
O povo de
Bete-Semes (“casa do sol”, “Casa de Shemesh”, deusa filha de El e Asera, “tocha
dos deuses”) fez um sacrifício maravilhoso, mas não resistiu à tentação de
“olhar para o anel do poder”, como na história do Senhor dos Aneis.
16.
Deus já
havia alertado o povo sobre este perigo:
Isto, porém, lhe fareis, para que
vivam e não morram, quando se aproximarem das coisas santíssimas: Arão e seus
filhos entrarão e lhes designarão a cada um o seu serviço e a sua carga. Porém
os coatitas não entrarão, nem por um instante, para ver as coisas santas, para
que não morram (Números 4.19-20).
17.
6.21 Quiriate-Jearim (“Cidade
das Florestas”, antes era Quiriate-Baal, “Cidade de Baal”). A arca foi levada
para lá pois se tratava de um lugar próximo, de modo que a arca poderia ser
rapidamente transferida, mas era um local mais afastado da fronteira com os
filisteus, de modo que a arca estaria mais protegida e poderia ser visitada com
mais tranquilidade pelos judeus.
18.
É provável
que a arca não tenha retornado a Siló porque esta cidade teria sido destruída
pelos filisteus.
19.
7.1 Abinadabe (“Meu pai é
generoso”). Sua casa ficava no local mais alto e, portanto, mais protegido.
Provavelmente, era a melhor casa da cidade, tendo em vista que não havia um
lugar próprio onde a arca pudesse ser guardada.
20.
Eleazar (Hb. “Deus ajudou”).
21.
7.2 O povo dirigia lamentações ao
Senhor. Deus deixou que o povo passasse vinte anos se lamentando de
seus pecados e sendo purificados através da pregação de Samuel.
22.
7.3 O chamado ao arrependimento.
23.
Deuses estranhos (Hb. 'elohey ha nekar). O termo procede de nakar, que pode significar “fingir” (1 Reis 14.5) ou “profanar” (Jeremias
19.4). Esse é ministério dos ídolos, roubar, matar e destruir (João 10.10).
24.
7.4 O ponto de virada, a mudança de
atitude. Um novo destino é desenhado.
25.
7.6 Mispa (Hb. Mitspeh,
“torre de sentinela”).
26.
Observem que
o profeta somente intercedeu pelo povo depois que eles se arrependeram.
27.
Mispa era um local famoso como lugar
de separação (Jacó se separou de
Labão – Gênesis 31.49) e arrependimento
(o povo se arrependeu de exterminar a tribo de Benjamin – Juízes 20.1).
28.
7.6 Tiraram água e a derramaram.
De forma cerimonial, mostrando que estavam derramando suas almas perante o Senhor.
29.
A tradução
caldeia traz: “Derramaram seus corações como água perante o Senhor”.
30.
7.7 Quando decidimos viver uma vida
de santidade, o inferno se levanta contra nós.
31.
Os filisteus
estavam morrendo de medo de que o povo de Deus voltasse a viver em santidade,
pois, quando o Senhor lutava por eles, os israelitas eram invencíveis.
32.
Além disso,
quando olharam para um povo orando e arrependido, julgaram que estavam fracos e
desanimados.
33.
Porém, era
exatamente o contrário.
34.
7.8 Não cesse de orar por nós.
Antes, eles pensavam: “Vamos pegar a arca pois, assim, venceremos”, como se a
arca fosse um tipo de amuleto, de modo que não precisassem estar em santidade para
vencer.
35.
Agora,
porém, eles buscam o livramento em Deus, e não em um amuleto.
36.
7.9 Cordeiro novo. O cordeiro,
que não tinha culpa, que nunca havia pecado, foi morto em favor do povo. Assim
também aconteceu com Jesus, um jovem de 33 anos que morreu em nosso lugar, como
o “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (João 1.29).
37.
7.10 Quando estamos em santidade,
Deus luta em nosso favor.
38.
Baal
era considerado o deus que governava o clima, e muitas vezes era representado segurando um
raio em suas mãos.
39.
Desta vez,
quando o povo abandonou Baal, Deus disse: “agora vou mostrar quem é o Senhor
dos raios!”.
40.
No mesmo
local onde o povo de Deus havia sofrido uma grande derrota (1 Samuel 4.1),
agora, com a ajuda de Deus e com uma vida em santidade, obtiveram grande vitória.
41.
7.11 Bete-Car (Hb. “Casa do
Cordeiro”). A casa do Cordeiro é onde temos nossa vitória definitiva.
42.
7.12 Entre
Mispa e Sem (Hb. “entre a torre de sentinela e o penhasco”). Ou seja, a
salvação ocorre quando estamos vigiando na torre de sentinela de modo que não
caiamos no abismo do pecado.
43.
Cristo é a Ebenézer,
ou seja, a Pedra da Salvação.
44.
“Até aqui”. Ou seja, isso é só o início de um
processo de arrependimento e vitória. Se continuassem vivendo em santidade,
teriam muitas outras vitórias.
45.
7.14 Depois
de vinte anos de desgraça, houve paz (Hb. shalom), conquistada por meio do
arrependimento e da vida em santidade.
46.
7.16 Betel
(“Casa de Deus”), Gilgal (“roda”, relacionada a ga’al “redenção”) e Mispa
(“Torre de Sentinela”).
47.
Voltava a Ramá
(Hb. “colina”, “altura”).