sábado, 9 de novembro de 2013

2 Samuel – Aula 1 – Davi se torna rei




1-    1.1 Voltando (Hb. Shav). Sua muito semelhante a suv, “cabelos brancos” (Jó 15.10). Deus tinha completado um processo de maturidade na vida de Davi. Ele estava, agora, preparado para reinar.  
2-    1.1 Shav Também pode ser traduzido como “restaurar” (Naum 2.2). Deus estava restaurando o coração de Davi e a honra que um dia havia tido.
3-    1.1 Estando (Hb. Yeshev). Possui a mesma raiz da palavra “voltar”. Traz a ideia de “retornar”, “reverter”, “restaurar”.
4-    1.1 Ziclague (Hb. Tsiqlag). "Sinuoso". Ali Davi viveu altos e baixos, mas nada foi capaz de frear o grande destino que Deus havia reservado a ele.
5-    1.2 Dois dias em Ziclague (Hb. betsiqlâgh yâmiym shenâyim). Ziclague significa “sinuoso”. Dias (yamiym) pode ser traduzido como “mares” (Gênesis 1.10). Dois (shenaiym) soa parecido com “anos” (shaniym). Assim, a expressão se assemelha a “Mares de anos no sinuoso”.
6-    Aqueles dois dias pareceram anos para Davi. Ele deve ter imagino se tudo aquilo estava valendo a pena, ficar em meio aos filisteus, dependendo dos outros enquanto Deus havia prometido que ele reinaria. Seus sonhos estavam prestes a morrer.
7-    1.2 No terceiro dia (Hb. bayyom hasheliyshiy). O terceiro dia possui uma simbologia poderosa na Bíblia, como nos casos de Jonas e Jesus.
8-    1.2 Vestes (Hb. Beged). "Desonestidade", "engano". A veste serve tanto para cobrir o corpo como para encobrir ações ou intenções.
9-    1.2 Rotas (Hb. Qara'). "Rasgadas". O manto que encobria As más intenções daquele homem foi rasgado, e Davi entendeu sua malignidade.
10-                     1.2 Terra (Hb. 'Adamah). Pode ser traduzido por husbandman.
11-                     1.2 Lançando-se (Hb. Naphal). Relacionado a nephilim, os "gigantes".
12-                     1.3 Donde vens. Curiosa a pergunta de Davi.
13-                     1.8 Amalequita (Hb. Amaleqiy). "Povo errante", de amaleque, "habitante de um vale".
14-                     1.9 Arremete (Hb. 'Amad). Pode significar "tomar o lugar".
15-                     1.10 Caído (Hb. Naphal). Mesma palavra usada para indicar que o amalequita havia se prostrado diante de Davi.
16-                     1.10 Coroa (Hb. Nezer). Pode significar "consagração, nazireado".
17-                     1.10 Bracelete (Hb. Ets'adah). Relacionado à ideia de marcha, passo, ritmo e chocalho.
18-                     1.11 Rasgou... Vestes. Enquanto o Amalequita estava com vestes rasgadas, deixando transparecer seu engano e suas más intenções, Davi rasgou suas vestes para externar seu desgosto e tristeza.
19-                     1.12 Jejuaram até à tarde (Hb. vayyâtsumu ‘adh-hâ`ârebh). O jejum judaico acontecia do início de um dia (às 18:00, ou à 12ª hora) ao início do outro dia (às 18:00 do dia seguinte).
20-                     1.12 Caído à espada (Hb. nâphlu bechârev). Soa muito semelhante a “desceu em Horebe” (naphlu bechorev). Os nephilim (“gigantes” ou “caídos”) segundo o Livro de Enoque, desceram no Monte Hermon, e não Horebe. Mas o curioso é que o primeiro local que Deus indicou para que Davi reinasse foi em Hebrom, local onde os gigantes se instalariam:

E subiram pelo Neguebe e vieram até Hebrom; estavam ali Aimã, Sesai e Talmai, filhos de Anaque (Hebrom foi edificada sete anos antes de Zoã, no Egito) (Números 13.22)

21-                     1.13 Sou filho de um homem estrangeiro (Hb. ben-'iysh gêr). A palavra “estrangeiro” (ger) é semelhante a “contenda” (Hb. gur).
22-                     1.14 Como não temeste? Davi passou anos tendo essa oportunidade, mas temeu tocar no ungido do Senhor. Esse jovem mentiroso e orgulhoso não temeu contar aquela história, e pagou um alto preço por sua ganância.   
23-                     1.18 Arco (Hb. qesheth). Se relaciona a qosh, “dobrar” ou “preparar uma armadilha”.
24-                     1.18 Livro do Justo (Hb. sêpher hayyâshâr). É um livro muito misterioso, que fala como os anjos caídos misturaram as espécies umas com as outras, criaram quimeras e híbridos, motivo que levou Deus a trazer o dilúvio para purificar a terra.
25-                     1.19 Foi morta (Hb. chalal). Ou “foi profanada”. A glória de Deus foi profanada.
26-                     1.19 Caíram os valentes (Hb. nâphlu ghibboriym). O curioso é que o verbo “cair” (naphal) e a palavra “valente” (ghibboriym) aparecem no texto de Gênesis que fala sobre os gigantes:

Ora, naquele tempo havia gigantes (nephiliym) na terra; e também depois, quando os filhos de Deus possuíram as filhas dos homens, as quais lhes deram filhos; estes foram valentes (gibboriym), varões de renome, na antiguidade (Gênesis 6.4)

27-                        2.1 Depois disso (Hb. 'acharêy-khên). Soa muito parecido com “outra base” (Hb. 'ochoriy ken). Davi estabelecerá um novo paradigma, uma nova base. Ao contrário de Saul, Davi consultará Deus antes de tomar decisões.
28-                     2.1 Consultou (Hb. yish'al). Tem a mesma origem que o nome Saul (Hb. sha’ul). Saul foi aquele que o povo pediu. Davi foi aquele que pedia para Deus.
29-                     2.1 Sobe (Hb. ‘alêh). Soa parecido com “ocasião” (Hb. illâh). Deus estava dizendo para Davi: “sobe, aproveita a ocasião”.
30-                     2.10 Isbosete (Hb. 'ı̂ysh-bôsheth). “Homem da vergonha”.
31-                     4.2 Baaná (Hb. Baănâh). “Em aflição”.
32-                     4.2 Rekab (Hb. rekab). “Cavaleiro”.
33-                     4.2 Rimon (Hb. rimmon). “Romã”. Divindade do vento, da chuva e da tempestade, cultuada pelos sírios de Damasco.
34-                     4.2 Beerotita (Hb. be'êrôthı̂y). “Que vem do poço”.
35-                     4.4 Mefibosete (Hb. mephı̂ybôsheth). “Exterminando o ídolo” ou “exterminando a vergonha”.  


sábado, 19 de outubro de 2013

1 Samuel – Aula 24 – Davi e a Lança de Saul


1-    26.1 Zifeus (Hb. Ziyphiy). Vem de Ziyph, "seteira". Eram uma seta para o povo de Deus.
2-    Relacionado a zepheth, “piche, alcatrão, asfalto”. Lugar de atolamento, de paralisação.
3-    26.1 Haquila (Hb. Chakiylah). “Escuridão”.
4-    26.1 Jesimon (Hb. yeshiymown). Ermo, deserto, lugar desolado. Relacionado a yasham, arruinar, ser desolado. Ou seja, aos olhos dos zifeus, Davi estava nas trevas, desolado, arruinado, sozinho. A opinião pública não estava com ele, mas o Senhor estava.
5-    26.2 Escolhidos (Hb. Bachar). Escolhido pelos homens, não por Deus.
6-    26.3 Deserto (Hb. Midbar).
7-    26.5 Abner. “Meu pai é uma lâmpada”. Pode ser Lúcifer, "portador da luz", ou Jesus, a "brilhante estrela da manhã".
8-    25.5 Deitado (Hb. shakab). Pode significar "morto" ou "tendo relações sexuais".
9-    25.6 Abisai (Hb. 'Abiyshay). "Filho de Jessé" ou "meu pai é um dom".
10-                     25.6 Zeruia (Hb. Tseruwyah). "Bálsamo".
11-                     26.7 Lança (Hb. chaniyth). Relaciona-se a "beleza" (chen), "acampamento", “tenda” (machaneh). O poste da tenda.
12-                     Quando Davi levou a lança, denunciou que literalmente “a casa de Saul havia caído”, assim como sua beleza, que deixou de expressar a beleza de Deus para ser um reflexo da feiura do inimigo.
13-                     O curioso é que o verbo “acampar” (chanah) e a palavra “lança” (chaniyth) aparece várias vezes aqui.
14-                     Chen é formado por duas letras (Nh): chet (“parede”) e nun (“continuidade”) = “parede contínua”.
15-                     O acampamento nômade era formado pelas tendas de várias famílias, dispostas em forma circular, formando uma única parede contínua que protegia o acampamento.
16-                     Saul estava, como no acampamento judaico, no meio das tendas, protegido no centro do acampamento.
17-                     Mas Deus mostrou que, sem Ele, toda aquela proteção não servia para nada.
18-                     Quando Davi levou sua lança, mostrou que sua casa estava sem sustentação, e que havia uma brecha na parede contínua no acampamento de Saul.
19-                     O curioso é que as palavras “lança” (chaniyth) e “acampamento” (machaneh) também se relacionam com “moer” (tachan).
20-                     O acampamento (machaneh) de Saul não o protegeu nem impediu que fosse moído (tachan).
21-                     26.12 Jarro de água (Hb. tsappachath hammayim). Ao levar a lança e o jarro de água, Davi mostrou a Saul que ele estava sem proteção e sem a Palavra de Deus.
22-                     Assim como no filme chinês “Herói”, de Zhang Yimou, Davi foi até o Rei não para matá-lo, mas para convencê-lo de seu erro.
23-                       26.13 Cume (Hb. ro’sh). Também pode ser traduzido como “veneno” (Jó 20.16). Davi anunciou a Saul o veneno que havia em sua mente, seus intentos e suas palavras.
24-                     27.2 Aquis, filho de Maoque (Hb. ‘âkhiysh ben-mâ`okh). “Terror, filho da opressão” ou “Apenas um homem oprimido”.
25-                     27.6 Ziclague (Hb. ). “Liquidação”, “término”.  


sexta-feira, 4 de outubro de 2013

1 Samuel – Aula 23



1-    25.1 Faleceu Samuel (Hb. vayyâmâth shemu'êl). Faleceu o que escutou a Deus. O silêncio passou a reinar em Israel. Dam (sangue). Dum (mudo).
2-    25.1 Ajuntou-se (Hb. vayyiqâbetsu). O povo se uniu somente em respeito a Samuel, mas não se juntou para servirem a Deus. A falsa união, supérflua e egoísta.
3-    25.1 Levantou-se (Hb. vayyâqâm). Quando Samuel saiu de cena, Davi foi levantado para continuar seu trabalho. A expressão soa muito semelhante com veyâqâm, “será firme”, “será estabelecido”, “será confirmado” (Jó 22.28).
4-    25.1 Desceu (Hb. vayyêred). Geralmente, quando Deus levanta alguém, logo em seguida o conduz ao deserto para ser tentado, como aconteceu com Jesus (Mateus 4).
5-    25.1 Deserto (Hb. midbar). Soa semelhante com medaber, “falar”. O deserto é o local onde Deus fala com o homem e coloca sua vida em ordem.
6-    25.1 Deserto (midbar) também soa parecido com middebher, “da peste”. Para o rebelde, o deserto se torna causa de maldição e peste, e não de edificação espiritual e moral.
7-    25.1 Parã (Hb. pa’ran). “Local de cavernas” ou “ornamentação”, “beleza” (tiph’ereth). Relaciona-se a periy, “futo”. Quando o servo fiel de Deus é levado ao deserto, não é para destruí-lo ou quebrá-lo (Hb. parar), mas para limpá-lo, de modo que posso dar mais frutos (João 15).
8-       25.2 Maom (Hb. ma’on). “Habitação”. Relaciona-se com ‘enuth (“dor”); ‘oniy (“aflição”, “sofrimento”, “miséria”); ‘aniy (“pobre”, “aflito”); ‘anah (“maltratar”, “humilhar”, “provação”, “abusar”). Nabal, que era o homem forte (‘az) que dominava aquela região, fazia todas essas coisas com os moradores.
9-    25.2 Carmelo (Hb. karmel). “Campo fértil”. Já viram isso: um campo fértil dominado por um homem tolo? Está chegando o dia de Nabal cair, do príncipe deste mundo ser destronado!
10-                     25.2 Homem abastado (Hb. 'iysh gâdol me'od). “Homem muito grande”.
11-                     25.2 Mil (Hb. 'alâphiym). Soa parecido com 'alluphiym, “mentores”. Os mentores de Nabal eram os bodes (Hb. `izziym), ou seja, o bode Azazel (‘aza’zel, Levítico 16.8, 10 e 26 - relacionado a ‘oz, como em “O Mágico de Oz”).
12-                     Segundo o filósofo Jâmblico, Pitágoras teria visitado o Monte Carmelo devido a sua reputação como um local sagrado, declarando que aquele era a mais sagrada de toas as montanhas, de modo que o acesso ao local era proibido. Tácito, por sua vez, conta que havia um oráculo situado no Monte Carmelo, que Vespasiano havia visitado para consultar-se com ele (Singer, Isidore; Adler, Cyrus; eds. et al. 1901–1906. The Jewish Encyclopedia. Funk and Wagnalls, New York).
13-                     Leo Zagami: “Just go to Mount Graham and study what the Jesuits are doing up there. There is a war between the American Native Indians and the Jesuits since the Jesuits have tried to build this observatory. And why is that? Because the Indians have used that mountain as holy ground for thousands of years and there is a specific entity living on top of that mountain – but on another dimension – when he wants, he can be called upon into this dimension, and evoked”.
14-                     “The Jesuits... just what they want to do. In the meantime they accuse the American Indians: "Oh, these are pagans. What are they doing to us? We have to do the science, observe the stars!" Oh … rubbish! What they are doing… they are, yes, observing the stars and the planets. Why? Because you always have to reflect above/ below, whatever, you know, this rule of the Tablets of Hermes. I don’t need to go on with what is the main rule of the Freemasons – it is always to reflect below what is above. But it is to evoke these entities in a specific timeframe and this has to be carefully calculated”.
15-                       25.2 Cabras (Hb. `izziym). Ou bodes. Relacionados a ‘az e ‘oz.
16-                     25.3 Nabal (Hb. Nabal). Relacionada- se a bal, que traz a ideia de "fluir", "escorrer", "ser breve" (hevel, “Abel”, “vaidade”, hevel ha hevelim). Significa “não”, “dificilmente”, “outro”.
17-                     Relaciona-se a Bel, "senhor", uma das principais divindades babilônicas.
18-                     Bala' – “gastar, consumir, importunar constantemente”.
19-                     Balah  - “gastar, ficar velho, gastar pelo uso, consumir completamente, usufruir, aproveitar ao máximo”.
20-                     Balahh – “atemorizar”.
21-                     Ballahah – “terror, destruição, calamidade, fato assustador”.
22-                     Beliyaal – “imprestável, bom para nada, não proveitoso, companheiro vil, ímpio, ruína, destruição”.
23-                     Balal – “misturar, mesclar, confundir, misturar-se, sumir aos poucos”.
24-                     Balam – “reprimir, segurar, restringir”.
25-                     Bala – “engolir, deglutir, tragar, comer tudo, desperdiçar”.  
26-                     23.3 Abigail (Hb. 'abıygayil). “Meu pai é alegria”.
27-                     23.3 Sensata (Hb. thobhath-sekhel). “Bom entendimento”, “boa inteligência”.
28-                     23.3 Formosa (Hb. yphath to'ar). “Boa aparência”.
29-                     Curiosamente, a expressão yphath to'ar (“boa aparência”) soa muito parecido com yyipht tha'or (“se deixou enganar, amaldiçoará”). A boa aparência, tanto do homem quanto da mulher, pode ser instrumento de benção ou de maldição. Grande parte das guerras e crimes que acontecem no mundo, assim como os trabalhos de feitiçaria, se relaciona à busca por uma pessoa bela, geralmente comprometida.
30-                     Davi poderia ter sido incitado a matar Nabal e ficar com Abigail para si. Mas Deus o livrou desse mal, e deu-lhe Abigail de forma legítima.
31-                     25.3 Duro (Hb. qasheh). “Severo”, “obstinado”.
32-                     25.3 Maligno em suas ações (Hb. ra’ ma’alâliym).
33-                     25.3 Calebita (Hb. khâlibbiy). Relacionado a Calebe (kaleb), que significa “cão”.
34-                     Soa muito semelhante com khalevo (“segundo o seu coração”).
35-                     Nabal era um homem que vivia segundo seu próprio coração. Não era alguém “segundo o coração de Deus” como seu ancestral Calebe. Era semelhante a um cão raivoso e violento.


1 Samuel – Aula 22



1-    24.4 Orla (Hb. Kanaph). Pode significar "ser posto ou impelido num ou para um canto, esconder-se de vista, ser encurralado, ser impelido para o lado".
2-    24.4 Cortou (Hb. Karath). Pode significar "fazer aliança".
3-    24.4 Manto (Hb. Ma'iyl). Vem de ma'al, que significa "agir com infidelidade, agir traiçoeiramente, transgredir, cometer transgressão 1a) (Qal) agir com infidelidade ou traiçoeiramente 1a1) contra homem 1a2) contra Deus 1a3) contra coisa consagrada 1a4) contra o marido".
4-    24.5 Golpe (Hb. Nakah). Pode significar "ferir, golpear, bater, açoitar, bater palmas, aplaudir, dar um empurrão". O verbo está no tronco hifil, ou seja, no "causativo".
5-    24.6 Guarde (Hb. chaliylah). Vem de chalal, que significa "profanar, contaminar, poluir, começar".
6-    24.8 Rosto ('aph). Pode ser traduzido como "ira". Ou seja, Davi se humilhou e jogou sua ira por terra.

7-    24.9 Palavras que os homens dizem. Ou seja, a "voz do povo" ou justiça do povo, semelhante ao significado da palavra "Adulão" (Hb. 'Adullam).

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Os dias, a relva, o vento


"Quanto ao homem, os seus dias são como a relva; como a flor do campo, assim ele floresce; pois, soprando nela o vento, desaparece; e não conhecerá, daí em diante, o seu lugar. Mas a misericórdia do SENHOR é de eternidade". (Salmo 103.15-17)

1-     Trata-se de uma passagem de reflexão antropológica, uma expressão da antropologia filosófica bíblica.
2-     Antropologia Filosófica: Max Scheler, “O Lugar do Homem no Cosmos” (Die Stellung des Menschen im Kosmos).
3-     Para Scheler, “o engajamento ativo do homem na divindade possibilita o conhecimento dos dois atributos do fundamento de todas as coisas: o espírito infinito (de que procede a estrutura essencial do mundo e do homem) e o impulso irracional (origem da existência e do ser contingente)”.
4-     Antiguidade: Centrava-se em torno do “cosmos” ou da natureza em si estática. Encarava o homem em conexão com ela.
5-     Idade Média: O homem como membro da “ordem” emanada de Deus.
6-     Idade Moderna: Firma o homem sobre si mesmo, mas predominantemente como “sujeito” ou razão.
7-     Pensamento contemporâneo: o homem verificou haver perdido tudo, incluindo a própria personalidade. Encontrava-se, agora, perante o nada.
8-     Deleuze sobre Foucault: “Sobre a morte do homem e o super-homem”.
9-     Nietsche: Homem como uma ponte.
10-                      “Vontade de Potência” e “O Anticristo”.
11-                       A Física Quântica (séc. XX – Projeto Manhattan; Jack Parsons e o “Babalon Working”, Magia Crowleana) e a Genética (séc. XXI).
12-                      Homem (Hb. 'enowsh). Vem de 'anash, que significa “estar fraco, doente, frágil, ser incurável, desesperado, perverso, doloroso”.
13-                      Ao contrário de ‘adam, o humano anterior à queda (aquele cuja força vem do sangue do Cordeiro), ‘enosh expressa o humano na condição de pecador, sujeito é morte, fraco se longe do Criador.
14-                      Dia (Hb. yom). Relaciona-se com ‘ayom, que pode ser traduzido como “formidável” (Cantares 6.4) ou “terrível” (Habacuque 1.7). Cabe anos decidirmos se nossa vida será formidável ou terrível. Isso se chama “livre arbítrio”.
15-                      Mas uma coisa eu garanto: a vontade do Senhor é que todos sejam salvos (1 Timóteo 2.4) e que você vá bem em todas as áreas de sua vida (3 João 1.2).
16-                      Yom (“dia”) relaciona-se com yam, “mar”. Pode ser o mar do esquecimento, quando Jesus perdoa nossos pecados, ou pode ser onde nos afogamos e lutamos contra a correnteza e contra o revolver das ondas.  
17-                      Relva (Hb. chatsıyr). Pode ser traduzido como “morada” (Isaías 34.13). Ou seja, nossos dias são como uma morada, que pode ser vista como uma habitação permanente ou como estadia temporária. Para Jesus, nossa verdadeira morada está nos céus, como em João 14.2: “Na casa de meu pai há muitas moradas”.
18-                      O curioso é que chatsıyr (“morada”, “relva”) se relaciona com chatsar (“tocar”, “soprar” ou “trombeta”) e com chaiyts (“parede”, “muro”).  
19-                      Quando as trombetas da cidade são tocadas como um alerta de uma invasão, os habitantes das vilas e campos se refugiam na proteção das cidades muradas.  
20-                      Ou seja, os dias do homem são como a relva, ou seja, como tocar uma trombeta diariamente anunciando o perigo do pecado e a redenção da humanidade conquistada por Jesus, que se manifestou para “desfazer as obras do inimigo” (1 João 3.8).
21-                       Flor (Hb. tsıyts). Traz a ideia de brilho. Por isso, também pode ser traduzida como “lâmina” (Êxodo 28.36) ou como “asas” (Jeremias 48.9).  
22-                      O curioso é que a palavra tsıyts é usada para referir-se à lâmina de ouro que ficava na testa do sumo sacerdote, onde estava escrito kodesh le yehowah, ou seja, “santidade ao Senhor” ou “separado para Deus”.  
23-                      A pessoa que é como uma flor, frutifica, tem o aroma suave de Cristo e as pessoas veem escrito em suas testas que eles são filhos de Deus.
24-                      O crente que é como uma flor é também como uma lâmina que resplandece a luz divina e que faz o corte entre o santo e o profano, entre o puro e o impuro (Levítico 10.10).
25-                        A palavra tsıyts também pode ser traduzida como “asa”, pois se relaciona natsa’, que significa “fugir”, como um raio que brilha e risca o céu. O crente verdadeiro foge da aparência do mal.
26-                       Campo (Hb. sadeh). Traz a ideia de estar na horizontal. Por isso, está relacionado a sad, que é o tronco onde ficam os prisioneiros presos pelos pés, ou para impedir que escravos fujam (Jó 13.27). Podemos ver a Palavra de Deus como uma prisão, ou como um cuidado do Senhor para que nós, como servos, não nos afastemos de seus caminhos.
27-                       Palavras relacionadas:

28-                       Massad (“fundamento”);
29-                       Sahed (“testemunhar”, “advogar”);

30-                       Passando (Hb. ‘abar). Relacionado com ‘ebrah, “ira”, “indignação”, “torrente”. O vento pode conduzir no caminho e trazer refrigério, mas pode também ser uma tempestade destrutiva, expressão do juízo divino.
31-                       Vento (Hb. ruach). Pode ser traduzido como “espírito”.
32-                       Desaparece (Hb. ‘eiyn). “Deixa de existir”, “se vai”, “torna-se nada”. O cristão fiel será levado pelo vento do Espírito. O joio, pelo contrário, será varrido pela tempestade do Espírito.
33-                       Quando o vento de Deus passa por nós, nos leva, e não somos mais nada para o mundo, pois passamos a existir somente em Deus.
34-                       Conhecerá (Hb. nakar). Relaciona-se com neker, “infortúnio”, “calamidade”, e com nekar, “estrangeiro”, “estranho” ou “alheio”.
35-                      Aquele que tem contato com o vento do Espírito torna-se estranho, para seus antigos amigos, eles não o conhecem mais.

36-                       Lugar (Hb. maqom). Pode significar “posto”, “posição”, “ofício”.