I
– A queda de Saul
1-
13.1 Saul (Hb. sha’ul)
agora mostra aquilo que estava culto em seu coração, o “engano” (shalah,
2 Reis 4.28) e a “negligência” (shalah, 2 Crônicas 29.11).
2-
13.2 Micmás (Hb. mikmash,
“oculto”). Aquilo que estava oculto aos olhos dos homens começa a vir à tona. No
futuro, Saul se envolviria até mesmo com o ocultismo.
3-
13.2 Jônatas (Hb. Yonathan,
“Yehovah entregou”). Um homem de Deus, super decente, temente ao Senhor e o melhor
soldado que já houve em Israel, depois de Davi.
4-
Muito
estranho Jônatas ser o protagonista do ataque. Por que Saul não atacou? Isso revela
uma falha em Saul.
5-
Saul
acabou levando o crédito por uma vitória que não foi perpetrada por ele.
6-
Mas
vemos que os planos de Deus não ficam frustrados mesmo quando seus servos mais autorizados
falham e permanecem relutantes.
7-
13.3 Guarnição
(Hb. netsiyv,
“monumento”, “estátua”, “pilar”, Gênesis 19.26). Quando a estátua é destruída, o
inimigo retorna com um contra ataque feroz.
8-
Saul
fez tocar a trombeta (Hb. shophar, vem de shaphar, “linda”, Salmos 16.6). O toque da trombeta que anuncia a necessidade
de preparar-se para a guerra é algo lindo, pois reflete a glória de Deus.
9-
Mesma
relação entre Bélico e Belo. Do latim bellum, “guerra” e bellus,
“belo”.
10-
I Vitelli dei romani sone belli = “Os bezerros de Roma
são belos” ou “Vá Vitelli, ao som da guerra do deus romano”.
11-
O
shophar
também se relaciona com o “amanhecer” (shepharphar, Daniel 6.19). É o anúncio
da convocação.
12-
Prepare-se
para o contra ataque. Escute o som da trombeta.
13-
O
Hobbit.
14-
Ouçam hebreus (Hb. yishme`u hâ`ivriym). Pode
ser traduzido como “ouçam vocês que passaram”, ou “ouçam vocês que cruzaram para
o outro lado”.
15-
Aqueles
que são homens espirituais escutam a voz de seu Senhor.
16-
13.4 Se fez
odioso (Hb. ba’ash, “fedorentos”, “malcheirosos”, Êxodo 7.18 e Isaías 50.2).
Nós fedemos diante de nossos inimigos, por isso eles não nos suportam. Porém, para
os que são de Deus, exalamos um aroma suave, pois somos o “bom perfume de Cristo”
(2 Coríntios 2.15).
17-
13.5 Os filisteus
reuniram-se em Bete-Avén (Hb. bêyth 'âvem, “casa da vaidade”,
Salmo 66.18, “iniquidade”, “idolatria”, “luto”, “aflição”, “maldade”, “malícia”,
“perversidade”). O inimigo precisa de uma brecha para entrar em nossas vidas. E
um dos caminhos que ele mais usa para invadir-nos é a vaidade.
18-
13.6 Apuros
(Hb. Tsarar).
Se eles tivessem guardado e protegido (natsar) sua vida espiritual, com certeza
não estariam com medo. Deus teria formado (iatsar) um plano de ataque e os cercado
(tsur)
com Sua majestosa presença, na sombra do onipotente, no esconderijo do altíssimo.
19-
Esconderam-se (Hb. chaba’). Isso é o que ocorre
com o devedor (chov), ele se esconde quando o cobrador aparece. O povo se escondeu
pois estava em dívida com o Senhor.
20-
Cavernas (Hb. me’arah).
Relacionado a ‘ur (“nu”, “descoberto”, Habacuque 3.9). Estavam nus, desprotegidos,
com seus pecados aparentes, pois não haviam sido cobertos (Hb. kaphar)
nem expiados (Hb. kippur, Lv. 23.27) pelo sangue do cordeiro.
21-
Buracos (Hb. châvâch). Relacionado a choach,
“gancho” (2 Crônicas 33.11) ou “espinho” (Provérbios 26.9).
22-
Penhascos (Hb. sela’).
Relacionado a sol’am, “gafanhoto devorador” (Levítico 11.22).
23-
Túmulos (Hb. tserı̂yach).
Relacionado a tsarach, “pranto” (Sofonias 1.14).
24-
Cisternas (Hb. bor). Relacionado a “masmorra” (Gênesis
41.14), “cova” (Êxodo 21.33). Relaciona-se, também, com ba’ar, “gravar” (Habacuque
2.2), pois o pânico de ir para a masmorra gera um trauma (Gr. trauma,
“ferida”, Al. traum, “sonho”), que fica gravado em nossa memória nos atormentando.
25-
13.7 Temor
(Hb. charad).
Vem de char (Rh,“homem fora”, queimado
pelo sol). Relacionado a chur, “branco” (desbotado pelo sol) e
chor,
“nobre” (“aquele que teme o Senhor”).
26-
13.8 Sete
(Hb. shiv`ath).
Expressão
muito semelhante a shevu’ath, “juramento” (Êxodo 22.11, Números 30.13). Deus queria
confirmar seu pacto com Saul, mas este falhou.
27-
Ficamos
com pena de Saul, mas devemos perceber que Gilgal era um local protegido, do outro
lado do Jordão, sem perigo de ser atacado pelos filisteus.
28-
O
curioso é que ele foi entronizado em Gilgal (1 Samuel 12) e lá também foi rejeitado.
29-
13.10 Saul não esperou até
o fim do sétimo dia.
30-
13.11 Saul tenta culpar a
Samuel pelo erro.
31-
Deus
não rejeita Saul, mas sua linhagem, sua posteridade, como fica evidente no capítulo
15.